Luís Cláudio Chaves: "A saída para o Brasil é o cumprimento da Constituição"Publicado em 07 de Julho de 2017 • 19:35Vice presidente da OAB, Luís Cláudio Chaves encerrou o Encontro da Advocacia do Caparaó. Foto: Divulgação.O I Encontro da Advocacia do Caparaó, realizado em Alegre, foi encerrado nesta sexta-feira (07) pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Espírito Santo (OAB-ES), Homero Mafra, e pelo vice-presidente da OAB Nacional, Luís Cláudio da Silva Chaves.Luís Cláudio da Silva Chaves enfatizou em sua fala que “a saída para o Brasil é o cumprimento da Constituição e a OAB é indispensável à administração da Justiça. Por isso temos, que ser ouvidos e participar das decisões. Não podemos ser tratados como figuras externas da prestação jurisdicional.”“Por força constitucional, somos agentes de transformação do Poder Judiciário que não cumpre sua obrigação. No regime militar, a única entidade que capitaneou a luta pela prerrogativa da magistratura brasileira foi a OAB. E nessa crise a OAB defende a independência, mas cobra a duração razoável de um processo. Eficiência dos tribunais e Processo Eletrônico digno aos jurisdicionados, pois o PJe no Brasil tem servido para que saibamos mais rapidamente que o processo está parado”, ironizou.Reveja o encerramento do eventoO vice-presidente da OAB conclamou a advocacia a atuar unida. "Há a concepção de que na advocacia podemos travar um bom debate, mas o que vemos hoje, às vezes, é que um colega quer passar por cima do outro e se aproveitar do colega mais jovem para o oprimir na audiência e mais do que isso, que diante de uma violação de prerrogativas do juiz em face do colega ele comemora, como se amanhã não fosse a vítima do mesmo arbítrio. Então, temos que começar essa vocação pela jovem advocacia, adequando-se a cultura do respeito ao outro e da luta intransigente pelo respeito à prerrogativa". Ao proferir seu discurso de encerramento, Homero Mafra falou da força e união da advocacia. “A força da OAB está no fato de que seus dirigentes têm a dimensão da advocacia, não têm o hábito dos gabinetes, porque a nós não importa os gabinetes. É por isso que estamos aqui, porque acreditamos na força da advocacia”, declarou.O presidente da Seccional expôs sua felicidade em participar do evento. “Para a OAB-ES, os advogados são absolutamente iguais, não faz diferença o advogado de um grande escritório ou aquele que acabou de receber sua carteira profissional. Eu sou advogado e vivo com a advocacia. Gosto de estar no meio da advocacia e por isso compro algumas brigas. Porque cabe a nós, que temos um mandato, termos a coragem de apontar os equívocos e as violações das prerrogativas profissionais”, declarou.Homero Mafra contou o momento em que teve a ideia de realizar o Encontro, quando estava com o presidente da Subseção de Guaçuí, Luiz Bernard Sardenberg Moulin, no momento em que fizeram um bolo para marcar um ano sem juiz na comarca. “Foi quando tive a ideia do Encontro da Advocacia do Caparaó. Comecei a convidar os presidentes. Porque tem que ser nos grandes centros? Tinha que ser feito aqui em Alegre.Durante o evento, uma das advogadas presentes relatou que entrou com um mandado de segurança pedindo liminar contra a realização de um concurso em Divino São Lourenço e desde abril aguarda o andamento do mesmo na 1ª Vara Cível de Guaçuí. Fernando Cesar Miranda, presidente da Subseção Manhumirim da OAB-MG, declarou que espera fazer um evento à altura em seu estado. "Será um compromisso não só da OAB de Manhumirim, mas da OAB mineira. Estamos muito felizes de receber todos vocês em nosso Caparaó para acolhermos e discutirmos e dizerermos que amamos aquilo que fazemos, que é advogar", agradeceu.Compuseram a mesa de encerramento do Encontro, além do presidente OAB-ES, Homero Mafra e do vice-presidente da OAB Nacional, Luís Cláudio da Silva Chaves, os presidentes das Seccionais da OAB-BA e OAB-SP, respectivamente, Luiz Viana e Marcos da Costa, a vice-presidente da OAB -ES, Simone Silveira e os presidentes das subeseções de Alegre, Guaçuí e Iúna da OAB-ES, Luiz Felipe Mantovaneli, Luiz Sardenberg Moulin e André Viçosa, além do presidente da subseção de Manhumirim, Fernando Cerzar Miranda.