Artigo: Os custos da saúde no brasil com foco nos planos de saúdePublicado em 23 de Janeiro de 2019 • 15:05Por Lorena Gáudio O governo Bolsonaro rompe os dezesseis anos de um governo de esquerda, sendo que tal fato poderá mudar o papel das operadoras dos Planos de Saúde, porque agora somos um País de Direita.Surgem as pungentes questões, agora que o pensamento do novo Governo tem outro foco, bem mais voltado, principalmente, para a saúde:a) Os exames de alto nível mudam o custo do sistema da saúde?b) São tais exames sempre necessários?c) O que mudou nas últimas duas décadas no serviço de saúde no Brasil?d) A meta de uma operadora de saúde é o serviço de saúde que os ricos podem pagar?e) O que deveria ser feito para que pudessem continuar existindo as operadoras dos planos de saúde, em condições acessíveis à população e não somente aos ricos?Nesse passo é preciso debater as relações das pessoas físicas e jurídicas envolvidas na prestação dos serviços de saúde, em especial: médicos, hospitais, laboratórios, empresas farmacêuticas e fornecedoras de órteses e próteses. O funcionamento dos congressos, seminários e diversos cursos. É preciso transparência e debate com a população e seus representantes.Outrossim, é preciso debater qual a real necessidade dos exames de alto custo, quando são necessários ou não.Como parâmetro de comparação, podemos dizer que a média de ressonância magnética realizada no Brasil no ano de 2015 foi de 147 exames para cada 1000 habitantes, enquanto em outros países esta média foi de 67 exames.Até mesmo o excesso de consultas que o brasileiro realiza , na rede pública e em utilização dos chamados planos de saúde.O que mudou nas últimas duas décadas foi o surgimento de mais planos de saúde, cada um objetivando muito mais o lucro crescente do que ter ganho sim, mas, olhar a saúde não como uma mercadorias, e sim como um bem imaterial indispensável à vida de qualquer cidadão.Há necessidade de avaliar com seriedade medidas que promovam competição entre as OPS. Uma delas seria a revogação do art. 14 da RN 195 – ANS, que impõe a presença de intermediário para objeto fim, impondo amarra à livre atuação das OPS, além de criar uma reserva de mercado para intermediação de planos de saúde, com entraves e prejuízos aos usuários, conforme noticiou o O Globo do dia 17 de janeiro último.Só para se avaliar a dimensão do ganho destes intermediários chamados administradores, o faturamento alcançado no ano de 2017 foi de R$ 1,6 BILHÃO. Enfim, é preciso democratizar a discussão sobre a saúde privada e pública, e ainda sobre o papel dos poderes constituídos nessa relação.